09/02/2014

Repressão (policial) e ressentimento (social)

Havia uma repressão sentida a golpes de chicote, uma violência que se realizava no mato por capitães sem patentes, nem reservas.
Havia uma polícia política, de uma violência desmedida, cheia de ordens e ressentimentos.
Havia uma polícia vigilante, ignorante, torturante, mal formada e mal informada: ela se tornou um esquadrão, com um batalhão de assassinatos.
Havia uma polícia seletiva, repressiva, que achava que a ordem era para ser batida na mente, no corpo, na cidade e no campo (político), normalizando a violência e violentando a norma.
Era uma polícia desproporcional, ilegal, abusiva, repressiva...
É. Somos.
E não há movimento que suporte tanto ressentimento, de lado a lado.
Quem vai afrouxar a corda primeiro?
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Esse texto poético foi escrito após conversa intensa realizada com o amigo Thiago Fabres de Carvalho sobre a polícia brasileira e seu histórico de violências e violações. A conversa aconteceu na praia de Ubu, município de Anchieta/ES, em junho ou julho de 2013, durante importante retiro espiritual.