25/12/2013

Uma poesia posmoderna e neoliberal sobre a liquidez da vida gasosa

Morreu o Absoluto.
Mas ainda temos Absolut.
Vamos beber ao caos
E dormir abraçados aos cadáveres,
Que estão por aí,
Feito zumbi,
Buscando cérebros em extinção.
E em meio a desolação,
Quem tem um olho só,
Enxerga menos do que devia,
Mas vê mais do que podia.
E será torturado até a morte,
Por não ter tido a sorte
De nascer tapado,
De viver alienado.
Vamos celebrar o fim
Do estado líquido
Ao vapor,
Que já se foi.