08/10/2013

Houve. Ouve!

Houve um dia mais feliz que hoje.
Houve um dia mais feliz que...
Houve um dia mais feliz.
Houve um dia mais!
Houve um dia.
Houve um...
Houve.


Hoje.
Ouve!
E age!
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Em cada tempo o que se tem é apenas um momento, às vezes só um sentimento. Só. O bastante, para nós. 

Foto: Vitória/ES, início do século XX. Para quem viveu no passado o futuro era incerto e o presente era uma dádiva diária, presente desde o passado, construído para ser futuro. E o suspiro continuava presente, entre os gemidos do trabalho e o descanso da mente. E nada mudou, exceto a sensação de que o futuro hoje deve logo chegar, sobrepondo o presente que se quer logo descartar. Mas sou de outro tempo, vivo outro tormento: vejo a vida ser mais desejada que vivida. E a segurança parece obsessão, contramão dessa vida lançada ao mar (de ilusão). Prefiro me afogar, em lágrimas (ou prazeres) a imaginar um final (mesmo que feliz). Infeliz daquele que espera do final a redenção, o beijo na testa ou o aumento do patrão. O fim pode não estar no final. Sigamos!