13/08/2013

Nas correntes

Sobe minha escada apagada
E desce com cara de pau
De arara
E depois passo mal:
São dores nas costas
E mãos postas;
Rezando sem ajoelhar
Para ela voltar:
Ah, Libertina,
Minha menina!
Quero me apanhar em você
E gemer sem perder
Esperança!
Sou o nego açoitado
Querendo ser coitado
Até ficar estirado.
Mas vivo jogado,
Para lá e para cá,
Sofrendo nas correntes (de ar)
Que não leva o meu amor.
Mas não tenho mais tempo
De viver esse vento
De brisa nenhuma que trago no peito
E na raça,
Na roça...