09/04/2012

Meia-noite sem medos e com muitos desejos (realizados)

Meia-noite em Paris,
E eu aqui?!
Fujo do presente,
Mas ele vem atrás de mim.
E não sei onde vou parar.
Abro o presente com um grito e uma marretada
E liberto o passado enclausurado em meus sonhos.
Evito mexer no presente de Deus.
Por isso, nem o procuro.
E ele não vem me ver.
Nem eu me vejo aqui,
Nesse tempo estranho,
Que me entranha com entremeios embalados à vácuo.
Quero mais que enlatados,
Quero a vivência da experiência compartilhada
Com gente inteligente (e que, por isso, se faz bonita),
Na cadência de uma batida (cardíaca) sentida (ouvida)
Em qualquer tempo,
Em todo lugar.
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Olá, meus amigos desconhecidos!
Vocês são parte de mim.
E nem sabem.
E se não existissem...
Estariam por aqui,
Em algum lugar.
Às vezes ser é mais do que saber ser,
É só viver,
Mesmo sem sentido,
Só pra dar sentido a um outro desconhecido
Que sou.