17/11/2011

Foi-se

São tantas terças,
Tantas sextas,
Tantas segundas...
E por aí vai
Você,
Sem saber porquê,
Sem nada a dizer.
Temendo não sei o quê.

São tantas feridas,
Tantas lambidas,
Muitas fadigas...
E por aí vai
Você
Sem saber o que amarga,
O que a marca,
Quase nada.

São tantas vontades,
Poucas coragens,
Muitas paisagens
E nenhum lamento.
E fica aí
Você
Remoendo saudades,
Querendo massagens
E mensagens.

Foi-se como deveria:
Como um martelo
Na cabeça
Do prego.
ᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗᶗ
Imagem: Poesia visual de Sady Bianchin.