29/03/2011

poema em letras minúsculas e com poucas correções para expressar um sentimento de desânimo

posso sentir a dor de não conhecer, amor,
um dia novo de viver de novo
a intensidade da infinidade de sua particularidade,
compartilhada comigo no meu abrigo.
não vou suportar voltar a viver cada dia,
de maneira escorregadia,
sem desejar esperar amanhecer o dia.
mas não posso, meu bem, fingir
que não tem neném,
que não tem vintém,
que não digo amém,
expressando a fraqueza da responsabilidade
e a força da culpa.
se borboleta gosta de voar e caranguejo de se arrastar,
onde podemos nos encontrar?
como podemos conciliar tamanha discrepância,
sua vaidade com minha arrogância?
ah, querida, se soubesse o quanto me sufoco,
me fazendo de morto,
buscando encontrar você?