07/04/2011

Enchendo a bola

Ela enche minha bola
E depois a esvazia.
Sinto o cansaço no fim do dia.

E quando esvazio minha bola,
Ela enche:
As nuvens parecem baixas pra mim;
Levanto a cabeça pra seguir.

Mas às vezes ela me enche demais.
E explodo,
Desapareço no ar,
Sigo sem saber aonde ir.
Mas sempre encontro abrigo,
Um ombro amigo
E castigo.
Castigo o mal que há em si
E você grita pra mim,
Sussurra pra mim.
Como se a dor que imprimo
Fosse insuficiente para ter fim.

Não entendo nada,
Não consigo entender.
Desisti de entender.
E quando para de se meter,
Enche minha bola.
Não entendo esse prazer:
Arrancar um pedaço
Pra depois colar.
Só tenho que calar,
Esperar um tempo
Para depois continuar.
Sem parar?