03/01/2011

Sobre a presença constante da finitude em meus textos

Alguém me perguntou porque escrevo tanto sobre morte. Se é porque não sou forte. Sinceramente, nem percebi. Acho que porque já morri, porque já perdi. Mas acho injusto, escrevo também sobre outras maravilhas humanas: desigualdade, obrigatoriedade, validade, crise, fim, angústia, solidão, violência... É que todo fim faz refletir sobre mim. Faz pensar sobre um novo (ou o mesmo) começo. A perda é o desafio para a virada. A presença constante da morte, da finitude, nos meus textos se deve a um único motivo: é que a presença da morte é uma constante na vida. Tudo acaba. Mas há quem não diga, há quem duvida. E sigo buscando dar sentido à existência. À minha. Porque cada um que dê conta de si. Mas quem quiser vir comigo, estarei aqui. Enquanto isso, encerro sem entender por que teria que falar de outras coisas além das que estão aqui. Fim!