23/01/2011

Minha confusão

Confundo tudo porque estou confuso. Estou confuso porque me confundo. E me afundo em tanta confusão. Confuso, co-fundo no fundo de você a confusão que confunde a mim. Começo a confundir você em mim e você com você. Sem fim. E a conferir dinheiro sem ter. Confuso e sem fundo. Confiro a você tanta confusão em efusão em mim. E como você, bebo confusão pra valer. A pena. Confesso que essa confusão que confunde você (e a mim) me faz perceber que quanto mais me confundo, mais me fundo a você. E sei que quem funde não pode mais fender. Quem funde se fode pra valer. Mas fode pra valer. Ou foge trazendo consigo a confusão e a fusão que afligem e afagam o corpo e a alma. Que prazer, confundir você! Organizar a confusão, deixo pra você. Já que sou mais confuso que você e tendo a achar que a confusão que confunde a mim, também a você. Ah, você...! Você que queria saber pra quê tanta confusão afetando a confiança que coloco em você. Tanta combustão que inflama e afiança o que coloco em você! Por que não confundir se não confio que a confusão faça consumir você? Quem me confunde é você, com façanhas faceiras que aferram minha confusão. Minha confusão é você. E não vivo sem tê-la comigo.
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Imagem: "Organized confusion", quadro de Shiree Gilmore. Outras pinturas coloridas e confusas da artista podem ser apreciadas em: http://fineartamerica.com/profiles/shiree-gilmore.html