19/09/2010

Só sei ser com você (dando razão a Durkheim)

Só, não sei ser.
Não sem você.
Só não sei se...
Só você sabe.
Só não, sabe?
Sei ser com você.
Como você,
Só você!
Só eu e você.
Sei ser o que não sei que sou.
Com você.
E você só sabe ser você,
Sem saber que sabe,
Sem saber que sei,
Sem saber que só,
Não sei ser.

E saber ser só,
Só sem você.
Só se você...
Só se...
Deixa pra lá,
Melhor não pensar;
Melhor não dizer.
Eu precisava quebrar a forma [a fôrma] para ser feliz. Porque a estrutura que sustenta também constrange, oprime. E às vezes é preciso ir longe para valorizar a proximidade; sentir a dureza da solidão para avaliar a relação. Mas pode ser que não haja tempo de voltar.

Só.
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Reflexão poética alinhavada há mais de um ano, após assistir ao belíssimo filme Na Natureza Selvagem, e publicada só agora. A personagem quis voltar, ele ia voltar, mas... Era tarde demais. Restou a foto na máquina. Só. Todo o resto é poesia.