30/11/2009

Sem grilo

Sem grilo.
Se tudo acabar (ou se nem começar) já terá valido a pena.
É gostoso também saborear o que restou no prato da memória.
E como a pressa é inimiga da perfeição,
Aguardo calado o momento de satisfação.
E penso nas perdas e vitórias.
E penso nas perdas como vitória.
E sofro com os dardos que traspassam o meu couro curtido cordial.
E me vingo deixando a peteca cair.
O importante não é competir.
O importante não é vencer.
É melhor...
Derrotar.
E ser derrotado pela exaustão.

24/11/2009

Direito Constitucional Revolucionário?


As decisões políticas do STF estão dentro de um projeto político marxista? A politização do Judiciário é um modo de divulgação de um ideário marxista? A discussão de justiça social revela um caráter revolucionário de tipo socialista? Venha discutir questões como essa no Unicuritiba, dia 26/11, às 17h30, no mini-auditório.

23/11/2009

Instituto Rio Branco


Palestra sobre o próximo Concurso Público para a Diplomacia brasileira. Dia 26/11, no Unicuritiba, conforme cartaz ao lado.

20/11/2009

Veneno

Eu sou um veneno.
Sou veneno mortal.
Eu não tenho cura.
Nem curo ninguém.
Minha pele se solta,
Pra enganar os predadores.
E eu mesmo não como ninguém.
Mas sou aparentemente devorado
Até engasgarem.
E a vítima é o devorador,
Que devora a dor que eu sangro
E bebe o licoroso veneno da minha vida,
Que mata,
Apesar do sabor.
Se isso pareceu sem sentido,
Sua idéia sobre mim é que está fora do lugar.

15/11/2009

Contradições?

O religioso ama o mundo,
Mas odeia a sogra.
O torturador é um bom pai.
O humanista bate na filha.
A mãe amorosa faz tráfico de drogas.
O filho rebelde chora a morte do pai.
O traficante não usa drogas.
O viciado não compra drogas.
O presídio não recupera.
A sala de aula, também não.
As leis se multiplicam.
Os crimes também.
A tecnologia é cada vez mais avançada.
Mas nada elimina a necessidade do sono.
Conhecemos a vida na sua complexidade.
Mas não somos capazes de criar a imortalidade.
A aceleração da vida cotidiana
Não muda o ritmo da morte:
Ela vem certeira,
Quando eu menos espero.
Tudo isso parece contradição
Ou aponta para nossas limitações,
E para a necessidade da fé.
(Dedico aos companheiros de jornada. Eles sabem quem são porque se identificam com as idéias. O que está aqui não é melancolia, é reconhecimento/humildade e esperança/projeto: "não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse pratico". Mas como realizar mudança sem correr o risco da vida? É preciso seguir em frente, vivendo, refletindo e decidindo, não necessariamente nessa ordem.)